Eu sempre ouvi a expressão "um salto no escuro" e outras que remetem a mergulhar no desconhecido de cabeça... Mas nunca havia sido alertada sobre ser jogada no escuro, ou empurrada pra algo desconhecido.
Os últimos dias têm me mostrado de forma brusca como é ser lançado num mar escuro, onde você não sabe pra onde ir, nem em que direção nadar, ou até mesmo onde pode pisar...
Sempre (nos últimos 6/7 anos) esperei/sonhei com últimos dias da minha graduação, e nos meus devaneios esses dias eram alegres, floridos, saudosos e cheios de planos, daí eles finalmente chegaram... e o que eu ganhei? uma queda gigante! não estava preparada pra tanta pressão, tantas cobranças, tantos planos desfeitos, tantas decepções, e nenhum saudosismo, nem de longe. A mistura da ansiedade do fim com a angústia de não saber qual o próximo passo têm tirado minhas noites de sono tranquilas, e as tem substituído por horas da madrugada em frente ao computador pensando sobre qual o próximo passo deve ser dado...
Não bastasse toda essa angústia e ansiedade ainda existem as quebras, os rompimentos, as despedidas, os desapegos... e tudo aquilo que pode deixar a situação mais dramática possível.
Mas até agora a pior sensação é de não fazer parte de nada, de nenhuma tribo, de nenhum grupo, o sentimento de "sozinho no mundo", aquela sensação que dá um aperto no peito só de lembrar que o passo seguinte só tem você por você, dentro de uma sociedade que não se importa com nada além do que você tem pra oferecer...
É isso, uma confusão, um misto de sentimentos indescritíveis, que mais geram confusão que alívio e alegria, é a felicidade de ter chegado até o fim, e a tristeza de não saber onde começa o novo começo....
O fim de uma fase da vida quase sempre provoca esse tipo de agonia mesmo. Sei que não é nenhum alento, mas muitas pessoas passam pelo mesmo problema. Na verdade, não conheço uma que não tenha passado.
ResponderExcluirNessa hora, creio que é preciso enxergar os tijolos que você já colocou, não só na sociedade, mas principalmente na sua vida. Você pode até julgá-los pequenos, num primeiro momento, mas, sem eles, muitas coisas boas poderiam não ter existido na sua vida, e na de outras pessoas. Continue a refletir, e encare a nova fase, a mudança, com otimismo.
"É fácil falar", eu sei, mas ou é isso ou encarar a mudança com medo e insegurança, o que é muito pior.
8 de novembro de 2012 05:12